28.10.09

Espera...


Espera não partas ainda, o dia ainda não acordou, na rua só os cães ladram, os candeeiros vivem, os bêbados choram, a noite é enorme, é imensa, vamos saborear mais uma cerveja. Guarda bem estes instantes, num lugar qualquer entre a tua cabeça e o teu coração, que deve ser mais ou menos onde se situa a tua alma. Espera só mais dois ou trez minutos, eterniza este abraço, mesmo que virtual, grava-o na tua memória para que amanhã e depois, e depois ainda o possas sentir outra vez. Guarda-o bem, dentro de ti, sempre perto, mesmo que eu não te veja ou tu não me fales, estarei ali junto de ti.
Agora, vai. Vai antes que seja tarde e não tenhas coragem de partir, não te despeças de mim que eu fico por cá a ver-te partir e a rezar a um deus qualquer que voltes inteiro, reencontrado, pacificado dos teus tormentos. E quando regressares, promete-me que me trazes uma simples flor de lá.
M.R.A.

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